António Augusto Rocha Peixoto (nosso patrono):
Nasceu na Póvoa de Varzim em 18/05/1866 e faleceu em Matosinhos a 02/05/1909. Naturalista, etnólogo e arqueólogo, foi uma das figuras marcantes na vida cultural portuguesa na transição do século XIX para o século XX. Em 1891 secretaria a "Revista de Portugal" fundada por Eça de Queiroz e onde já colaborava. Organizou o Gabinete de Mineralogia, Geologia e Paleontologia da Academia Politécnica do Porto. Colaborou nos jornais "O Século" e "O Primeiro de Janeiro" e, em 1889, como redactor chefe, é um dos impulsionadores da revista "Portugália", conhecida pela sua alta erudição nos domínios da arqueologia, da história, da antropologia e da etnografia. Foi director da Biblioteca Pública e Museu Municipal do Porto.
Obras principais: "Museu Municipal do Porto - História Natural" (1888), "Contribuições para a Etnografia Portuguesa" (1889), "Produtos Agrícolas das Colónias Portuguesas" (1895), "As Olarias de Prado" (1900), "Os Cataventos" (1907) e "As Filigranas" (1908).
A pedido da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, o corpo do grande cientista poveiro foi transferido do cemitério de Agramonte (Porto), para o da Póvoa de Varzim, em 16/05/1909. A mesma entidade, no centenário do seu nascimento, procedeu à publicação das suas obras completas.
Eça de Queirós
Genial escritor, nascido na Póvoa de Varzim a 25/11/1845 faleceu em Paris em 1900. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi jornalista, exerceu a advocacia e por fim ingressou na carreira diplomática tendo servido em Havana, Newcastle, Bristol e Paris.
Figura proeminente do Realismo em Portugal, pertenceu ao grupo "Os Vencidos da Vida", sendo a sua prosa caracterizada por uma inexcedível elasticidade de linguagem e uma clareza, elegância e musicalidade que o colocam entre os primeiros estilistas do idioma. A sua obra encontra-se traduzido em castelhano, francês, inglês, alemão, italiano, russo, checo, polaco e norueguês.
Obras principais: "O Crime do Padre Amaro" (1875), "O Primo Basílio" (1878), "A Relíquia" (1887), "Os Maias" (1888), "A Ilustre Casa de Ramires" (1900). Como corolário da atenção que é votada a tão ilustre figura das letras foi erigido em 1952, na Praça do Almada, um monumento.
José Rodrigues Maio (Cego do Maio)
Nasceu na Póvoa de Varzim em 8/10/1817 e faleceu em 13/11/1884.
Pescador, filho do povo, homem de grande coragem e abnegação, arriscou dezenas de vezes a sua vida para salvar a dos seus companheiros nos perigos das duras fainas do mar. As suas proezas tornaram-se lendárias, tendo sido galardoado com a medalha de ouro da Real Sociedade Humanitária do Porto e com a mais alta condecoração do Estado, o Colar de Cavaleiro da Ordem de S. Tiago da Torre e Espada, colocadas pelo Rei D. Luís I, na presença da família real.
As marcas são a escrita do Poveiro.
Têm muita analogia com a escrita Egípcia porque constituem imagens de objectos: Sarilho, Coice (imagem de parte da quilha de um barco) Arpão, Pé de galinha, Grade, Lanchinha, Calhorda, Pêna, etc.
As marcas estão nas redes, nas velas, nos mastros, paus de varar, nos lemes, nos bartidoiros, nos boireis, nas talas, nas facas da cortiça, nas mesas, nas cadeiras, em todos os objectos que lhe pertençam, quer no mar, na praia ou
Casos curiosos encontramos ao colher as nossas notas sobre as marcas, sobretudo quando, ao organizar a árvore de uma família, encontrávamos a velha tradição quebrada, isto é, quando verificávamos que na descendência não era seguida a fórmula usada para distinção da marca pela Comunidade. Estes factos, curiosos e interessantes pare este estudo, ficam mais adiante anotados. O nosso fim, com a publicação deste trabalho, é apenas arquivar material que possa servir os estudiosos especializados.
Por isso mesmo, todas as incorrecções que, encontramos ao organizar essas arvores familiares pare o estudo da evolução das marcas, segundo as presunções, e conhecimentos que já tínhamos, procurávamos logo, junto dos indivíduos a quem essas marcas diziam respeito, saber as suas causas, visto que essas incorrecções, se não tivessem explicação plausível, atirariam por terra todas as informações até aqui julgadas verídicas que não passariam, assim, de fantasiosas. Mas não. Os esclarecimentos dados vinham, antes, corroborar todas as nossas convicções sobre o assunto, demonstrando-nos que cada família tem a sua marca própria, passando através dos tempos com a mesma galhardia de todas as outras tradições poveiras.
Das centenas de marcas que examinamos, podemos fixar as das seguintes famílias, de leitura fácil entre a Comunidade, por as simbolizarem desde tempos imemoriais:
1 – Os Canetas – Meia pena e cruz no rabo.
2 – Os Pinheiras – Calhorda de cruz ao centro.
3 – Os Trunfos – O São Selimão.
4 – Os Cotovias e Potricos – Cálix fechado, estrela e coice.
5 – Os Chascos – Pé de galinha.
6 – Os Fangueiros – Cruz, pique e cruz.
7 – Os do Cego do Maio – Meio sarilho.
8 – O Fanecas – Pente e lanchinha.
9 – Os Chabões – São Selimão, estrela e grade de 4 piques.
10 – Os Coutos – Lanchinha e coice.
11 – Os Patas – Cálix fechado e estrela.
12 – Os Malgas – Cruz e pique na ponta da cruz.
13 – Os Micharros – Meia pena e pé de galinha.
14 – Os Penedas – Sarilho com pique na ponta de baixo e estrela.
15 – Os Penedas – Estrela, dois piques e cruz.
16 – Os Moucos – Duas estrelas e coice.
17 – Os Benfas e Tamancas – Cálix fechado com pique ao centro e cruz.
18 – Os Bragas – Cálix aberto e coice.
19 – Duartes – Coice, cruz c coice.
20 – Os Turras – Estrela, meio arpão e cruz ao rabo do arpão
21 – Os Izambas – Cálix aberto emborcado com pique na borda.
22 – Os Negrinhos – Calhorda com pique a meio e lanchinha.
23 – Os Bôtos – Cruz, lanchinha e cruz.
24 – Reixas – Estrela de rabo com 3 meios piques no rabo e grade de 4 piques.
25 – Os Padeiras – (Marques) – Lanchinha e coice.
26 – Os Padeiras – (Santos) – Sarilho.
27 – Os Ferras – Lanchinha a prumo e pique à ré.
28 – Os Patriças – Cruz, dois piques e um por riba e cruz.
29 – Os Tabojos – Cálix aberto com piques no bordo.
30 – Os Juliões, Beiças e Melões – (A mesma família) Arpão e cruz ao rabo.
31 – Os Dibós – Três piques e um por riba.
32 – Os Chichões – Meio arpão, cruz ao rabo e cruz.
33 – Os Maranhas – Cálix aberto com piques no bordo e cruz.
34 – Os Feiteiras – Quartos e lanchinha.
35 – Os Liros – Grade de seis piques.
36 – Os Fome Negras – Grade de 4 piques, estrela e cruz.
37 – Os Lavradeiras – Estrela de rabo para cima, meio pique a meio do rabo e dois piques no fim do rabo.
38 – Os Lagoas – Lanchinha, pique e coice.
39 – Os Come Pilados – Mastro e verga içada.
40 – Os Chaves – Meia pena, dois piques e um por riba.
41 – Os Andrés – Cruz de rabo com pique a meio e pique ao rabo.
42 – Os da Rosa – Calhorda e meios piques ao centro.
43 – Os da Venda – Cruz e lanchinha.
44 – Os da Mata – Pique e coice.
45 – Os Quilores – São Selimão com dois piques em duas pontas.
46 – Os Chibantas – Pé de galinha com um pique.
47 – Os Caurretes – Cruz, pique e cruz.
48 – Os Poupados – Estrela ligada ao coice e pique a meio.
49 – Os Covas – Duas cruzes.
50 – Os Amarelos – Mastro e verga içada e cruz ao centro do mastro.
51 – Os Sofias e os Reigoiças – Meio arpão com cruz ao rabo.
52 – Os Russos – Cruz com pique na ponta da cruz e dois coices unidos.
53 – Os Tambucos – Meio sarilho e estrela.
54 – Os Piroqueiros e Avanças – Cruz e lanchinha.
55 – Os Guias – Pé de galinha e três piques a prumo.
56 – Os Agulhas – Cálix fechado com meio pique por riba do canto.
57 – Os Papilos – Lanchinha com cruz por cima e cruz por baixo.
58 – Os da Trunfa – Calhorda, meio pique a meio e cruz.
59 – Os Pragas – Padrão com pique a meio e coice.
60 – Os Patriças – (Pontes) – Cálix aberto, dois piques cruzados com dois piques atravessados na cruz.
61 – Os Canhotas – Cálix e pique dentro e pique por fora.
62 – Os Giesteiras – Calhorda de dois piques a meio.
63 – Os do Rei e os da Hora – Calhorda de três meios piques ao centro do lado direito.
64 – Os Canários – Lanchinha e cruz de rabo.
65 – Os Limas – Lanchinha e meia pena pegada.
66 – Os Catraios – Grade de 4 piques e coice.
67 – Os Três Noites – São Selimão e pé de galinha.
68 – Os Fogajeiras – (Abel) – Grade de 5 piques.
69 – Os Ladinhos – Meio arpão, cruz no rabo e estrela.
70 – Os Grandes – São Selimão e coice.
71 – Os Pilotos – Meia pena com cruz no rabo da pena e dois piques em cruz.
72 – Os Molinhos – Grade com 4 piques e cruz com pique na ponta.
73 – Os Anjinhos – Pente.
74 – Os da Madrinha – Cálix aberto, três piques deitados e cruz.
75 – Os Fernandes – Calhorda, dois meios piques a meio da calhorda e grade de 4 piques.
76 – Os Bonitos – Cruz e pique.
77 – Os Troinas – Coice, pique a prumo e cálix aberto.
78 – Os Cascarras do Pita – Cruz, dois piques e cruz.
79 – Os Rios d'Ave – Cálix aberto e pique por baixo e cálix fechado e pique a meio.
80 – Os Lianças – Cálix fechado grade de quatro piques e coice.
81 – Os Tremoceiros – Cálix fechado, pique por riba e cruz por baixo.
82 – Os Vianezes – Cálix fechada, lancinha e pique.
83 – Os Mocetões – Pé de galinha e grade de quatro, pique
Fonte: www.povoadevarzim.com.pt
Conhecida como uma cidade acolhedora (pelos recém-chegados), Póvoa de Varzim é uma cidade linda para viver ou até para passar umas belas férias com a família e também, para conhecer pessoas simpáticas (nós, “os poveiros”).
Aqui a descontracção torna-se realidade para a vitalidade. Praia, sol e mar como pontos centrais de percursos panorâmicos privilegiados a pé, de bicicleta ou de automóvel, que se complementam com convidativas esplanadas e ruas pedonais dedicadas ao comércio.
Aqui o divertimento regenera. As ruas, pensadas à dimensão do homem, não perdem a sua animação durante noite. Os espectáculos, os numerosos cafés, bares e discotecas conferem à Póvoa de Varzim uma oferta diversificada. É obrigatória a passagem pelo Casino da Póvoa instalado num belíssimo edifício de 1934 onde, para além dos jogos se desfruta de uma animação diária com múltiplas facetas: Salão D’Ouro (restaurante com show diário); Restaurante Varandas; Atrium Piano Bar; Discoteca Alibabar; etc.
Aqui a cultura engrandece os que a procuram. A originalidade da classe piscatória poveira expressa-se no Museu Municipal, situado em pleno centro histórico da cidade, onde se destacam, também, a Igreja Matriz e o conjunto arquitectónico da Praça do Almada.
Para além das acções culturais, de que se destaca o “Correntes d’Escritas” (Fevereiro), o S. Pedro – Festas da Cidade (Junho), o Festival Internacional de Música (Julho), são célebres as festividades e a forma empenhada como a população nelas participa: Semana Santa; Nª Srª da Assunção (15 de Agosto) e a Nª Srª Das Dores (Setembro).
Aqui a gastronomia seduz. É grande e variado o leque de estabelecimentos de restauração. Duas fortes tradições se cruzam, a minhota, que tem nos pratos de carne o elemento central e a poveira, que desenvolveu a mestria de preparação do peixe.
E também porque o desporto tonifica, esta cidade tem para além das condições para os desportos náuticos e da animação desportiva informal na praia e parques da cidade, o concelho dispõe de óptimos equipamentos dos quais se destacam o Pavilhão Municipal, a Piscina Olímpica coberta, o Campo de Tiro, o Estádio Municipal, a Academia de Ténis, para além do excelente Campo de Golfe da Estela (18 buracos – par 72).
Perante diversas opiniões de historiadores e críticos acerca do nome "VARZIM", que a cidade ostenta desde a fundação da monarquia, a mais certa derivação da palavra, vem de uma pequena várzea, dado que, segundo documentos da época existiria o Lugar da Varzinha, de onde deriva o nome "Póvoa de Varzim". Foi durante mais de mil anos povoação e segundo Viriato Barbosa, investigador da história local conheceu os seguintes nomes:
- Vila Euracini - 953,
- Vila Ueracini - 1033,
- Vila Uerazini - 1069,
- Vila Ueracin - 1206
- Varazim de Jusão - 1308,
- Bajlya da Poboa Noua de Varazim - 1343,
- Villa da Povoa de Varzim - 1514,
- Cidade da Póvoa de Varzim – 1973.
Os habitantes da Póvoa de Varzim desde sempre se dedicaram à exploração agrícola e marítima, quer arando os "campos de masseira", adubados com "sargaço" e "pilado", quer enfrentando corajosamente as ardilosas ondas do mar poveiro.
A partir do século VXIII, por acção do Corregedor Almada, ganhou face de burgo urbano, e tanto cresceu e se valorizou, que se transformou de velho burgo de pescadores , na actual cidade, importante zona de turismo e uma das maiores e mais concorridas praias do nosso país, sendo considerada a mais antiga praia de banhos, pois em acta de sessão camarária de 5 de Junho de 1776 se pode ler "... muita gente que a ela vinha comprar peixe e também aos banhos de mar...".
Em 1875, contava com cerca de 11 mil habitantes e actualmente o concelho ultrapassa os 60 mil, tem uma área de 87,64 km quadrados e é formada por 12 freguesias.
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